URNA ELETRÔNICA FRAUDULENTA É IGNORADA E PODERÁ SER UTILIZADA EM OUTUBRO PELOS CORRUPTOS DE PLANTÃO.
(Por Observador Independente)
As novas medidas contra o crime organizado lançadas pelo movimento “unidos contra a corrupção”, capitaneado pelos procuradores da Lava Jato, entre os quais Deltan Dallagnol, com certeza são muito bem vindas.
Em um país assolado pelos mais diversos crimes ligados à corrupção, e dominado por organizações criminosas que se beneficiam de todas as formas dos desvios de recursos e de conduta originados pela manipulação de parlamentares, governantes e juízes corrompidos, toda e qualquer medida ou esforço no sentido contrário à corrupção é e será sempre louvável e muito bem vindo.
Ocorre que ao se verificar com mais profundidade as medidas propostas pelo movimento percebe-se a existência de uma falha gravíssima: em nenhum momento é abordada a maneira como as eleições ocorrem no país.
Há cerca de 20 anos, desde que o processo eleitoral se tornou eletrônico, com a utilização da urna eletrônica no lugar das cédulas de papel, que não existe transparência na etapa de apuração dos resultados das eleições.
Pensar que os corruptos não se utilizam desta ferramenta para chegar e se manter no poder é no mínimo uma grande ingenuidade. Será que os integrantes do TSE, responsáveis pela condução das eleições, estão imunes à corrupção?
Ao deixarem de lado a questão da falta de transparência na apuração dos resultados, o que de fato afronta o princípio da publicidade disposto no artigo 37 da Constituição, os procuradores da Lava Jato se esquecem de que pode estar sendo justamente através desta forma que os corruptos estão chegando e se mantendo no poder. Políticos e governantes eleitos através da fraude eleitoral conquistam o direito ao foro privilegiado, tão combatido pelos que lutam contra a corrupção.
Por outro lado, os ministros do STF, que julgam e frequentemente libertam estes corruptos, passam a contar com a proteção dos mesmos, no caso os que estão ocupando cargos de Senadores, uma vez que são estes os que possuem a prerrogativa de julgar e condenar os ministros da Suprema Corte pelos seus desvios de conduta e pelos crimes cometidos sob as togas negras, os quais permanecem impunes mesmo testemunhados por milhões de brasileiros.
Se quiserem realmente combater a corrupção no Brasil, faz-se necessário que os líderes do movimento “unidos contra a corrupção” e os procuradores da força tarefa da lava jato abordem com urgência e com a devida atenção esta questão, sob pena de passarem boa parte do resto de suas vidas enxugando gelo.
Desde que a urna eletrônica passou a ser utilizada no Brasil que se tenta introduzir no processo eleitoral a adoção do voto impresso, o que na prática dificultaria significativamente a ocorrência de fraudes em larga escala e imperceptíveis aos fiscais por serem de difícil detecção. Porém esta iniciativa é sempre derrubada pela justiça. Sem que o registro físico do voto seja produzido é impossível se afirmar que os resultados apontados pelas urnas sejam legítimos. Da mesma forma, não é possível se realizar a recontagem dos votos e tão pouco a auditoria das eleições.
Se quiserem realmente combater a corrupção no Brasil, faz-se necessário que os líderes do movimento “unidos contra a corrupção” e os procuradores da força tarefa da lava jato abordem com urgência e com a devida atenção esta questão, sob pena de passarem boa parte do resto de suas vidas enxugando gelo. A Polícia Federal investiga, o Ministério Público acusa, a justiça prende e em seguida os membros de organizações criminosas infiltrados na Suprema Corte os põe novamente em liberdade. Ou não seria este o caso de José Dirceu, libertado mesmo após ter sido condenado a mais de trinta anos de prisão? Dias Toffoli, seu ex-empregado, ex advogado do PT, principal responsável pela apuração secreta das eleições em 2014 e próximo presidente do STF, com certeza sabe muito bem a resposta.
Com a palavra os procuradores da Força Tarefa da Lava Jato