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Convergência

Nota de O Observador:

“Rosa Weber desafia Bolsonaro na frente de Moro: show de horrores!

ULTRAJE A RIGOR NO TSE
Rosa Weber desafia Bolsonaro e avisa na frente de Moro que não haverá contagem pública dos votos nas duas próximas eleições.
Assista Rosa Weber falando no “seminário internacional sobre fake news” a respeito do movimento paralelo que surpreendeu o TSE e que atuou durante as eleições de 2018 com o objetivo de atacar a credibilidade do sistema eletrônico de votação, e como o TSE combateu estas “fake news”, na verdade denuncias sobre ilícitos cometidos por servidores do tribunal.

Dos 50 aos 55 minutos a presidente do TSE fala sobre os ataques do movimento paralelo e sobre a força tarefa que precisou montar (para abafar as denuncias), nomeando um por um os diversos atores que agiram em conjunto para impedir a contagem pública dos votos nas eleições de 2018.

Em seguida tratou logo de avisar, na presença do Ministro da Justiça Sérgio Moro: as urnas eletrônicas são confiáveis e contam com o aval da OEA, deixando claro que o Poder Judiciário não está disposto a obedecer a Constituição, que a urna eletrônica será usada e que, portanto, não haverá contagem pública dos votos nas eleições de 2020 e 2022. Esta declaração soou como um verdadeiro desafio ao Presidente Bolsonaro, que prometeu durante sua campanha trabalhar para implementar um sistema de votação que possa ser auditado, o que não acontece com as urnas eletrônicas.

Rosa Weber só se esqueceu de esclarecer o motivo pelo qual contratou para trabalhar em seu gabinete, como assessor especial da presidência do TSE, o ex superintendente da Polícia Federal, Rogério Galloro, a quem havia sido endereçado, meses antes, Notícia Crime contra o Secretário de TI do TSE Giuseppe Janino, principal responsável pela segurança das urnas eletrônicas, denunciado na PF por ter faltado com a verdade em uma audiência pública no Congresso Nacional durante os trabalhos da CPI dos Crimes Cibernéticos, o que configura o crime de falso testemunho.

Janino, que havia sido inquerido a respeito de fatos obscuros ocorridos nas eleições de 2014, prestou declarações inverídicas ao responder, daí o motivo da denúncia, que, apesar da gravidade, não foi investigada por Galloro. Este preferiu ir trabalhar no TSE, do que abrir o inquérito investigativo contra o alto funcionário do tribunal.

É Rosa Weber, convém tomar fosfosol… memória seletiva é algo complicado!”

Acompanhe aqui o evento de abertura do citado seminário:

 

NOTA DO EDITOR DA CONVERGÊNCIAS:
Lamentamos profundamente a realização de tal evento, cuja principal motivação foi, sem dúvida nenhuma, legitimar os crimes praticados pelos ministros que dirigem o Tribunal Superior Eleitoral. Segundo a Jornalista Marta Serrat, que esteve no local, os inscritos, diferentemente das autoridades, foram isolados em uma sala à parte do auditório, com um telão e repleto de seguranças. Sem dúvida, é o povo sendo tratado como gado, e a demonstração clara de que as autoridades, pagas com nosso dinheiro, além de não quererem mais ouvir a opinião e as denúncias por parte da população, certamente teme o Povo.

Antes que nos acusem de “fake news” ou nos imputem processo de difamação, lembramos que o não cumprimento do artigo 37 da Constituição Federal, principalmente nos quesitos referentes à publicidade e moralidade – o escrutínio secreto dos votos das eleições é crime e, portanto imoral – é crime de improbidade e prevaricação. Os movimentos que se insurgiram contra a desobediência dos membros dirigentes do TSE, como referenciado pela Sra. Ministra Rosa Weber, agiram no seu papel de cidadãos, que não foram omissos, denunciando a todas as autoridades internas o que está acontecendo e, à OEA e Transparência Internacional, entidades que têm, certamente, dificuldades de interferência legal nas questões internas do Brasil.
O TSE jamais respondeu às consultas (que serão refeitas) tais como os terríveis e temidos quesitos adiante:

PERGUNTAS QUE AS AUTORIDADES TEMEM
QUESITO 1:
As urnas eletrônicas objeto da presente auditoria, em condições de uso semelhantes às do dia da eleição, isolada de qualquer mecanismo impressor do voto, são capazes de atender plenamente os princípios dispostos no artigo 37 da Constituição Federal, em especial o Princípio da Publicidade, por ocasião da contabilização dos votos, encerrado o horário de votação?
QUESITO 2:
As urnas eletrônicas objeto da presente auditoria, em condições de uso semelhantes às do dia da eleição, isolada de qualquer mecanismo impressor do voto, estão habilitadas para permitir a ampla fiscalização garantida pela Lei Eleitoral, tal qual disposto no artigo 66 da Lei 9.504?
QUESITO 3:
As urnas eletrônicas objeto da presente auditoria, em condições de uso semelhantes ao do dia da eleição, isoladas de qualquer mecanismo impressor do voto, são passíveis de serem fiscalizadas de modo efetivo por pessoa leiga, sem conhecimento técnico especializado, durante a etapa de contabilização dos votos?
QUESITO 4
As urnas eletrônicas objeto da presente auditoria, em condições de uso semelhantes ao do dia da eleição, isoladas de qualquer mecanismo impressor do voto, estão aptas a produzir prova material passível de ser contabilizada publicamente por cidadão comum, sem conhecimentos técnicos, e confrontado o resultado com os números apontados pelos respectivos boletins de urna, impressos após o encerramento da votação?
QUESITO 5
As urnas eletrônicas objeto da presente auditoria, em condições de uso semelhantes ao do dia da eleição, isoladas de qualquer mecanismo impressor do voto, são capazes de permitir a recontagem dos votos através de meio físico, acessível ao cidadão comum, desprovido de conhecimentos especializados na área de informática?
QUESITO 6
As urnas eletrônicas, objeto da presente auditoria, possuem porta de entrada para o acoplamento direto ou via cabo de um módulo de impressão do voto?

O Povo Brasileiro corre o risco de perder o direito à livre expressão, pois a classificação da veracidade de qualquer afirmação, ainda que em defesa da Lei e da Constituição, poderá ser taxada de “fake news”, ou seja, de inverídica, e gerar processos criminais a partir das autoridades, exatamente como já está ocorrendo  no caso do STF e dos ministros Alexandre de Moraes e Dias Toffoli.

Nós, movimentos em coalizão, estamos lutando para que isso não ocorra. Mas as dificuldades que se apresentam são maiores do que se poderia imaginar, uma vez que a principal Corte Judiciária do País também se coloca em grau de alta desconfiança, com seus ministros desrespeitando a Constituição e se pondo no papel de legisladores e executores, sem que o Congresso Nacional consiga se interpor.  O resultado, em prazo não estimável, dessas atitudes, poderá ser uma ruptura. Não de pode falar em democracia e republicanismo quando agentes públicos, pagos com os impostos recolhidos de uma povo que se sente extorquido diariamente, fazem exatamente o contrário.